O cenário eleitoral para a Prefeitura de São Paulo está quase completo, com a maioria das convenções partidárias já realizadas. Até o momento, estão confirmados como candidatos Guilherme Boulos (PSOL), Ricardo Nunes (MDB), José Luiz Datena (PSDB), Marina Helena (Novo) e Tabata Amaral (PSB). As definições de vice também começam a se consolidar, com José Aníbal sendo escolhido como vice de Datena pelo PSDB, conforme destaca Elias Tavares.
O período de convenções partidárias, quando os partidos confirmam seus candidatos ou alianças, teve início em 20 de julho e vai até 5 de agosto. Até esta terça-feira (30), quatro partidos já oficializaram seus candidatos para a Prefeitura de São Paulo, que será disputada em outubro.
Ainda há peças importantes a serem colocadas no tabuleiro. As convenções do MDB e do PRTB estão agendadas para o início de agosto, com Ricardo Nunes e Pablo Marçal aguardando a formalização de suas chapas. Levy Fidelix Filho é o nome mais cotado para ser o vice de Marçal, embora alianças estratégicas possam alterar essa configuração.
“A disputa interna no PSDB, com Fernando Alfredo e seu grupo tentando sem sucesso lançar uma candidatura alternativa para enfrentar Datena, adiciona um elemento de incerteza. Na convenção de 27 de julho, Datena insinuou ligações de alguns tucanos com o crime organizado, elevando a tensão dentro do partido. Ainda há dúvidas sobre se Datena manterá sua candidatura até o fim, devido ao seu histórico de desistências”, relata Elias.
Além disso, a possibilidade de coligações para cargos majoritários ainda está em aberto. Há especulações de que Datena poderia ser vice de Tabata Amaral, caso PSB e PSDB decidam formar uma aliança. Esta possível aliança, ainda em discussão, pode alterar significativamente o panorama eleitoral.
O PL já declarou apoio à candidatura de Ricardo Nunes (MDB) à reeleição e anunciou o coronel da reserva da PM Ricardo Mello Araújo como seu vice. No entanto, a convenção oficial do MDB ocorrerá apenas em 3 de agosto.
O União Brasil, que realizou sua convenção em 20 de julho, decidiu adiar a decisão sobre lançar um candidato próprio, com Kim Kataguiri e Milton Leite sendo analisados, ou apoiar a candidatura de Nunes.
Outros candidatos, como Altino de Melo Prazeres Junior (PSTU), Fernando Fantauzzi (DC), João Pimenta (PCO) e Ricardo Senese (UP), também têm suas candidaturas confirmadas, embora com menor visibilidade até o momento.
“O prazo para o registro final das candidaturas é 15 de agosto, e até lá, muitas surpresas podem surgir. A eleição na maior cidade do Brasil é crucial para os planos dos partidos nas eleições estaduais e nacionais de 2026”, observa o Cientista Político.
“Aguardam-se acordos de última hora e mudanças estratégicas, influenciadas por pesquisas eleitorais, que podem redefinir alianças e candidaturas, tornando o cenário dinâmico e imprevisível. As próximas semanas serão decisivas para a configuração final do tabuleiro eleitoral paulistano” conclui Elias.
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